As cantigas como libertação da cultura teocêntrica na Idade Média.

14/06/2011 17:32

 

     O teocentrismo é uma ideologia criada pelos religiosos no período ao qual chamamos de Idade Média. Época de grande poder centrado na religião cristã. Sendo assim, Deus era visto como um ser perfeito, ou seja, o centro de tudo.

   Nesse período o controlo da produção literária ficava exclusivamente direcionada a igreja medieval. Além disso, a maioria da população não sabia ler e escrever. Os poucos materiais continham historias bíblicas. 

    Então as cantigas surgiam como descentralização de conceitos e a características ligadas a adoração a Deus e passa a ter como princípio o amor Cortez a sua amada (senhor) com intuito de expressar sentimentos e desejos ao qual a igreja Católica condenava algumas por ter caráter erótico. Contudo as cantigas passaram a criticar indiretamente costumes e a realidade de pessoas ligadas ao clero envolvidas em escândalos, pessoas enamoradas e diversas problemas sociais de maneira implícita e explícita. Nesse caso estamos falando das cantigas escárnio e de maldizer. Podemos destacar a segregação aos valores culturais do mundo medieval rumo a novos traços literários. 

 No livro: O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder, pág 189 tem uma indagação crucial: O que seria dos contos de fadas e das canções populares se não tivesse existido a Idade Média?

Descobrimos diante dessa indagação o quanto a Era Medieval foi marcante na formação e proliferação da música popular atualmente, bem como nesse período era conhecida como cantigas de amor e satíricas. Hoje, podemos identificar traços fortes da influência em características especificas e particularidades no mundo sentimental, crítico e trovadoresco nas composições musicais.

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